O Estado da Amazônia tem como característica natural , um dos biomas mais importantes do mundo, é uma floresta do tipo latifoliada úmida que está presente em grande parte da Bacia Amazônica da América do Sul. Para se ter uma ideia a bacia conta com sete milhões de quilômetros quadrados dentre os quais cinco milhões e meio de quilômetros quadrados tem a cobertura dessa floresta tropical.
A região tem territórios que fazem parte de nove países, contudo, grande parte da floresta está dentro do Brasil, em torno de 60% da floresta. Uma floresta de grande relevância uma vez que consiste em mais da metade do território de florestas tropicais existentes do mundo. Além disso, conta com uma incrível biodiversidade e grande quantidade de recursos naturais.
A partir desse potencial é importante realizar uma abordagem sistemática dos principais elementos do ecossistema amazônico, como relevo, clima, vegetação e hidrografia.
Relevo
A estrutura geológica presente na região da Floresta Amazônica é oriunda de fenômenos geológicos ocorridos ao longo de milhões de anos que consolidou a formação de depressões e planícies, que são características predominantes em praticamente todos estados que fazem parte da Amazônia.
Diante dessas informações, segundo a classificação do Geógrafo Jurandir Ross, o Estado do Amazonas explicita as seguintes variações de relevo:
- Depressão da Amazônia Ocidental.
- Depressão Marginal Norte-Amazônica.
- Depressão Marginal Sul-Amazônica.
- Planaltos Residuais Norte-Amazônicos.
- Planícies do Rio Amazonas.
- Planalto da Amazônia Oriental.
A planície do Rio Amazonas possui altitudes que varia de 100 a 200 metros acima do nível do mar e na Depressão Marginal Norte-Amazônica atingem entre 200 e 300 metros.
O Planalto da Amazônia Oriental abrange desde a cidade de Manaus até o Oceano Atlântico situado no Estado do Pará, nesse as altitudes intercalam entre 400 e 500 metros.
Clima
No Estado da Amazônia o que prevalece é um clima equatorial, proveniente da proximidade com a linha do Equador.
O clima Equatorial é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, isso é decorrente das altas temperaturas que provocam uma grande evaporação e que mais tarde se transformam em chuvas.
As estações do ano são distintas e uma amplitude térmica anual alta. As chuvas são periódicas e bem distribuídas ao longo do ano.
Vegetação
Devido à grande quantidade de calor e umidade a cobertura vegetal presente apresenta uma complexa e rica diversidade na composição da flora do Estado do Amazonas.
A Floresta Amazônica, que é considerada a maior do planeta, se encontra no Estado.
Após anos de pesquisas ficou constatado que a Floresta Amazônica sofre variações, portanto, pode ser classificada de acordo com as características particulares de determinados locais, desse modo, os principais tipos de composição vegetativa são Mata de Igapó, Mata de Várzea e Mata de Terra Firme.
De acordo com a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a Floresta Amazônica está classificada em: Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical), Floresta Ombrófila Aberta (Floresta de Transição), Savana, Cerrado, Campo, Campinarana, formações Pioneiras de influência fluvial (vegetação aluvial) e Área de tensão Ecológica.
Hidrografia
O Estado do Amazonas possui em seu território o rio de maior volume de água do mundo, o Amazonas.
O rio Amazonas possui 6.570 quilômetros de extensão, e o volume de 100.000 metros cúbicos. Esse rio nasce na Cordilheira dos Andes no Peru, o Amazonas forma a partir da junção de dois grandes rios, o Solimões e o Rio Negro, após esse processo o rio atinge 10 quilômetros de largura e sua profundidade pode alcançar cerca de 100 metros.
Somente a Bacia do Amazonas representa, aproximadamente, 20% de toda reserva de água doce do mundo.
O Estado do Amazonas é banhado por uma infinidade de rios interligados, formando uma rede hidrográfica integrada, dos quais se destacam os rios Purus, Juruá, Iça, Vapés, Negro, Madeira e Solimões.
A hidrografia do Estado é de extrema importância no transporte hidroviário, economia, atividade pesqueira entre outros.
Resumo sobre a geografia da Amazônia
Localização Geográfica: região Norte do Brasil
Limites geográficos: Pará (oeste); Mato Grosso (sudeste); Rondônia, Bolívia e Acre (sul ); Roraima e Venezuela (norte), Colômbia e Peru (leste).
Área: 1.570.745,7 km²
Fronteiras com os seguintes estados: Pará, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Acre.
Clima: equatorial
Relevo: faixa de planície perto do rio Amazonas; planaltos a leste e depressão em grande parte do território.
Vegetação: Floresta Amazônica
Ponto mais alto: Pico da Neblina (na serra Imeri) com 2.993,8 metros.
Cidades mais populosas: Manaus (capital), Parintins, Itacoatiara e Manacapuru.
Principais recursos naturais (minérios): ferro, manganês, estanho e bauxita.
Principais rios: Amazonas, Icá, Japurá, Juruá, Javari, Madeira, Negro, Solimões e Purus.
Principais problemas ambientais: desmatamento, poluição de rios e poluição do ar na capital.
Características Socioeconômicos
A população do Estado do Amazonas, conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 3.483.985 habitantes, essa unidade da federação é o segundo mais populoso da Região Norte.
A capital do Estado é Manaus, uma cidade que ocupa o sétimo lugar no ranking de maior PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, porém esse dado é restrito somente à cidade, além disso, a capital é a maior cidade de toda Região Norte, com uma população de 1.802.014 habitantes, no entanto, o crescimento está ocorrendo de forma desordenada e sem planejamento adequado. Manaus é uma das cidades que mais recebe imigrantes no país.
A população do Amazonas é composta por brancos (24,2%), negros (3,1%), pardos ou mestiços (66,9%), indígenas (4,0%) e amarelos (0,3%).
Apesar de possuir uma população superior a 3,4 milhões de pessoas, o território amazonense é pouco povoado, isso é evidenciado nos dados de densidade demográfica que corresponde a 2,2 habitantes por quilômetro quadrado.
Do total da população, aproximadamente 79% vivem em centros urbanos, a capital, Manaus, abriga mais de 50% dos habitantes do Estado.
O Estado concentra a maior população indígena do país, localizados em áreas de difícil acesso.
Economia
A economia do Amazonas tem como principal representante o setor primário.
Apesar da existência do pólo industrial da Zona Franca de Manaus, a principal atividade econômica do Estado do Amazonas está vinculada às atividades primárias, que correspondem, em geral, a uma produção que agrega pouco valor no produto.
Diante disso, as principais atividades econômicas praticadas no Estado são: extração vegetal, mineral e animal, denominados respectivamente de extrativismo.
Na extração mineral são obtidos, principalmente, calcário e estanho, na extração vegetal existe a atividade madeireira, retirada de castanha-do-pará, coletas de frutas regionais, borracha e na extração animal, a pesca.
Na capital do Estado concentra o principal centro industrial, a Zona Franca de Manaus, nesse setor produtivo amazonense destaca-se principalmente a produção de eletroeletrônicos, motocicletas, além do beneficiamento de alguns minérios e alimentos.
Na agricultura são produzidos, entre outros, arroz, banana, laranja e mandioca. Outra fonte de renda é o turismo, uma vez que o Estado abriga uma das restritas áreas ainda preservadas no mundo, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), o ecoturismo é o segmento que mais cresce no Estado, cerca de 6% ao ano.
Características gerais da economia amazonense:
Participação no PIB nacional: 2,0%
Composição do PIB estadual:
Agropecuário: 3,6%.
Indústria: 69,9%.
Prestação de serviços: 26,5%.
Volume em exportação: 2,1 bilhões de dólares.
Telefones e celulares: 48,7%.
Eletroeletrônicos: 19,5%.
Extrato para bebidas: 8,3%.
Motos e motopeças: 7,7%.
Máquinas copiadoras e acessórios: 3,6%.
Importância da floresta para o clima Mundial e o regime de chuvas no Brasil
A preocupação com o meio ambiente envolve as florestas pois alem de inúmeras funções elas também regulam o clima realizando o sequestro de carbono através da fotossíntese, diminuindo o aquecimento global causado pelo homem, a exemplo da Floresta Amazônica, estabilizam o clima mundial.
As estiagens prolongadas que atinge o Brasil, as restrições hídricas, os excessos de precipitações e/ou chuvas abaixo da média histórica numa mesma região, as reduções dos dias de frio em maior intensidade durante o inverno, as desertificações em áreas agricultáveis, os adiantados processos erosivos, as confusões climáticas, devemos saber que tais fenômenos estão relacionados aos desmatamentos desenfreados, causados peloas atividades antropicas do homem, que atinge as florestas tropicais.
O desmatamento, a exploração madeireira e os incêndios florestais associados aos eventos de El Niño cada vez mais frequentes e intensos, poderão aumentar significantemente as emissões de carbono oriundas de mudanças no uso do solo (Moutinho 2006).
Em parte, as mudanças climáticas naturais representadas pelo "El Niño", que é um fenômeno atmosférico-oceânico, que ocorre devido ao aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, cujas causas ainda são pouco conhecidas pelos climatologistas, estão relacionados a estas estiagens e a confusão climática mundial, todavia a supressão vegetal é a causa principal destas anomalias climáticas. Não há dúvidas quanto a importância da floresta amazônica para a manutenção das chuvas regulares, pois ao formar o clima úmido oriundo da transpiração das arvores, a cobertura vegetal assegura a manutenção dos recursos hídricos, o ciclo dos nutrientes e o equilíbrio da biodiversidade.
Além disto, por possuir a maior floresta do mundo, o fluxo de chuvas na região amazônica é muito maior que em todas as outras regiões do pais. Pois a cobertura florestal ao liberar vapor com a transpiração das árvores e a evaporação dos afluentes que correm no solo favorece a formação dos chamados rios voadores, que é uma corredeira aérea cujo volume é similar à vazão do rio Amazonas na da ordem de 200 milhões de litros por segundo. Os rios voadores nascem no oceano Atlântico, perto da linha do Equador: A água evaporada do mar chega à floresta Amazônica empurrada pelos ventos e ao incorporar a evaporação da floresta Amazônica, esse imenso bloco de vapor voa rasante e bate na Cordilheira dos Andes que faz a contenção da correnteza aérea na forma de uma parede. Mais da metade do vapor fica acumulada nos próprios Andes, sob a forma de neve que ao derreter alimenta o volume da bacia hidrográfica do Amazonas e seus afluentes. Outra parte dessa cachoeira aérea segue rumo ao sul na forma de umidade, passando pelo região norte, centro oeste e sudeste terminando a viagem na região sul do país, onde se precipita na forma de chuvas. O volume de vapor d'água desse trajeto é importantíssimo para o regime de chuvas do centro-sul do Brasil e demas países sul americanos.
Esse ciclo hidrológico da Amazônia proveniente da relação floresta-clima é vital para a purificação do ar, manutenção e estabilidade do clima em nosso país e está seriamente ameaçado pelo desmatamento desenfreado que ocorre na Amazônia legal. Sem dúvidas os efeitos da estiagem nos grandes centros urbanos aumentam as pressões por mecanismos ambientais de preservação e de cuidados com o manejo das florestas obrigando a comunidade cientifica brasileira a uma profunda reflexão sobre importância da floresta amazônica para o Brasil e para o planeta.
Cidades Importantes
Obg!! Ajudou muito
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